Ultimamente não tenho escrito muito sobre nós. Não sei qual é a sua magia, mas não preciso colocar rabiscos no papel pra conseguir entender o que se passa comigo. Não preciso separar as peças pra depois encaixar, porque já está tudo do jeito que deveria ser. Também não entendo essa minha mania de querer botar em pauta, ou em linha, só as coisas que me afligem. Poderia transferir um pouco dessa culpa para a humanidade, que nunca se contenta em estar contente, e só sabe tagarelar a respeito das tragédias desse mundo. Mas a verdade é que você é diferente. E por ser diferente, seria injusto usar a mesma linguagem que outrora descreveu desamores.
Você me trouxe um novo ar. Você pegou tudo que havia em mim, e deixou mais bonito. Chegou de repente, e de repente vi tudo acontecendo. Me reconheci na sua alma, e já era sua antes mesmo de imaginar qual seria o tom da sua voz. Me embriago de você, repassando todo o nosso filme, e não me canso de enxergar você ao meu lado, segurando minha mão.
Pra não correr o risco de perder, eu registro tudo que há entre nós, em mim. Seu carinho, seu cuidado comigo, nossas brincadeiras e nossa intimidade. A sensação de tocar na sua barba e enrolar seu cabelo com os dedos. A troca de olhares constante, só pra checar o brilho do olho. Registro todos os pôr (e nascer) do sol regados a vinho e amor, e as batidas do seu coração que me ninam quando deitamos pra sessão Netflix. Você chegou com algo diferente, e esse algo me parece tão certo quanto aquela profecia.
Estamos nos descobrindo na mais pura essência, entre erros e acertos, onde apenas sentir é permitido, seguindo com a mesma força de vontade de evoluir e transbordar. É assim que vejo a gente. E sei que é recíproco. Então, que transborde.. Que transborde de mim pra ti... e vice versa.
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